Você sabia que a Unespar tem um projeto que propõe o desenvolvimento de criação, ensino e aprendizagem em arte e dança direcionado para pessoas com deficiência?
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É o projeto de extensão Limites em Movimento: corpo em questão, que teve início em 2016 e hoje está na quinta edição. O projeto é direcionado para a comunidade acadêmica e externa à Unespar, incluindo deficientes e pessoas pertencentes a outros grupos socialmente vulneráveis, interessados em processos de criação artística, na relação entre a dança e o audiovisual.
Tem na coordenação a docente Andrea Serio, do Colegiado de Dança, do campus de Curitiba II/FAP.
Segundo Andrea, a quinta edição aborda o isolamento/distanciamento social, vivenciado durante a pandemia de Covid-19, “com o objetivo de promover uma reflexão sobre a naturalização dos diferentes modos de isolamento social, vivenciados por estas pessoas, contextualizando as facetas não aparentes da questão, o avesso dos entrelugares de subjetivação individual”, explica.
A coordenadora acredita que ampliar a participação de pessoas com deficiência em processos de criação em dança, compartilhados com a comunidade acadêmica da Unespar, artistas e educadores da comunidade externa, “aproxima a Universidade das comunidades, fortalece vínculos entre as pessoas e colabora com a construção cultural de uma educação pautada na auteridade como premissa de desenvolvimento humano.”
Atualmente, participam do projeto 32 pessoas, entre estudantes, artistas, educadores/as e interessados/as em arte/dança, entre eles/as, 10 pessoas com deficiência física neuromotora. São pessoas de Curitiba, com idade entre 18 e 60 anos. Andrea conta que desde o início do projeto, em 2016 até 2022, foram atingidas diretamente 480 pessoas.
De forma prática, o projeto oferta aulas de dança e processos de criação, que atingem duas turmas, de 15 pessoas, com atividades semanais regulares nas dependências de instituições parceiras do projeto: na Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, no Coletivo de Artistas Nó Movimento em Rede e no campus de Curitiba II/FAP.
Além das atividades regulares de aulas e desenvolvimento de ações específicas de criação, o projeto oferta Cursos de Formação para Professores da Rede Básica de Educação. Participam, aproximadamente, 30 pessoas, em 2 turmas de aulas constantes, entre eles, 12 pessoas com deficiência e em média 50 professores/as da Educação Básica para cursos de capacitação.
A proposta do Limites em Movimento, segue a docente, é artística e educacional, e as pessoas que participam são as interessadas na prática da arte/dança para se desenvolverem como artistas e/ou como educadores. “O grupo que faz parte deste projeto é composto de pessoas com diferentes corpos, ideias, cores/raças, idades e, entre eles/as, pessoas com deficiência física neuromotora, pessoas com deficiência visual e pessoas com deficiência intelectual”, explicita.
Os resultados do Limites em Movimento, revela Andrea, foram além das fronteiras do país. As ações foram disseminadas em eventos nacionais e internacionais, em publicações científicas e tornaram-se objeto de dissertações e teses nacionais.
A produção artística foi premiada pela Fundação Nacional das Artes (Funarte) e foi selecionada em editais de incentivo à cultura da Fundação Cultural de Curitiba, no Programa Rumos Itaú Cultural, entre outros, “colaborando com a perspectiva de criação e formação inclusiva no ensino superior, bem como com a valorização da pessoa com deficiência como protagonista da produção em dança no Brasil”, acredita Andrea.
Quem quiser mais informações pode fazer contato pelo email: andrea.serio@unespar.edu.br