O Simpósio "Corpos em Trânsito: Disciplina, Arte e Educação na Escola Contemporânea", realizado nos dias 07 e 08 de julho no Auditório Antonio Melillo do Campus de Curitiba II/FAP da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), teve como proposta central apresentar as experiências dos/as estudantes no primeiro semestre do Estágio Obrigatório, fundamentadas nas leituras e discussões do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault. O evento contou com mesas redondas nas quais os/as estudantes compartilharam suas impressões e reflexões a partir da vivência nas escolas e das discussões teóricas sobre os dispositivos de poder e disciplina.

A programação contou com palestra de abertura da Prof.ª Dr.ª Sônia Tramujas Vasconcellos, que contribuiu com uma fala sobre o ensino de artes na escola, a plataformização da educação e as possibilidades de uma prática emancipatória e sensível. Em seguida, foi realizada uma roda de conversa com os/as estudantes, mediada pelo Prof. Dr. Cleberson Diego Gonçalves Maddox e pela Prof.ª Sônia, promovendo um espaço de troca sobre arte, educação e a experiência docente no contexto escolar contemporâneo.

No dia seguinte, 08 de julho, a programação começou com a mesa de abertura composta por alunos/as do PIBID e do Estágio Supervisionado apresentando a exposição dos relatos visuais e poéticos de caracterização do campo da escola, seguida pelas boas-vindas da nova coordenadora do curso de Licenciatura em Artes Visuais, Prof.ª Dr.ª Cíntia Ribeiro Veloso da Silva.

Na sequência, a Prof.ª Dr.ª Ana Maria Rufino Gilles, diretora de Direitos Humanos da Unespar, realizou uma fala institucional e convidou a Prof.ª Dr.ª Marlina Oliveira, do Campus da Unespar de Paranaguá, para proferir a conferência “Infâncias Negras: Educação como territorialidade e insurgências”. Em sua fala, a professora abordou questões cruciais sobre a territorialização da escola e os modos como a educação, de forma intencional ou não, exclui culturas, corpos e saberes negros. Foram levantadas reflexões sobre o racismo institucional no ambiente escolar e sobre como podemos (e devemos) repensar as práticas pedagógicas de forma a garantir a inclusão, o pertencimento e a representação de todas as infâncias.